Mundo da moda reflete a economia: a aposta é em peças básicas e essenciais
Como todos os setores, a moda enfrenta o desafio de se encaixar neste novo momento vivido pela economia mundial. As passarelas refletem o que acontece no entorno, desejos e comportamentos dos consumidores. Por isso, em tempos de crise, as marcas apostam em peças básicas, essenciais e duradouras.
O pós-pandemia trouxe uma nova forma de consumir. A supervisora do curso de Moda do Centro Europeu, Mariah Salomão, explica que é o que o mercado tem chamado de recession core, termo que se traduzido para o português significa “tendência da recessão”. “É a forma como as marcas estão respondendo à crise de custo de vida enfrentada pelo mundo. Passamos por uma situação de muitas incertezas. Nas passarelas, não poderia ser diferente, a moda mostra a situação econômica atual: modelos básicos e atemporais”, explica Mariah.
As cores mais vibrantes e o brilho dão lugar para cores mais neutras. Hoje, a especialista destaca que o vestuário está voltado para o mundo do trabalho. “Em tempos de crise, o trabalho passou a ser ainda mais essencial. Por isso, as peças estão mais sóbrias, clássicas e discretas, como nos anos 90. Roupas com cores neutras, fáceis de usar e de combinar.”
Aquela onda da “logomania”, com as marcas sendo estampadas em camisetas e calças, perdeu espaço. “O chique é estar bem vestido sem ostentação. Não é de bom tom ostentar, que está gastando milhares de dólares em roupas, quando o mundo vive uma recessão econômica”, completa Mariah.
Já por outro lado, o tecido de qualidade passou a fazer parte da lista de preferências. Um cenário em que o movimento global segue em direção à moda sustentável, unindo conforto e tecnologias com tecidos duradouros. “A moda é investir em peças para usar e repetir várias vezes , roupas fáceis de combinar. Os figurinos que podem ser usados em diversas ocasiões estão alinhados com os novos tempos”, conclui a especialista..
Redes Sociais
Tendências que são espalhadas pelas ferramentas disponíveis no universo online e que se transformaram em grandes vitrines para as marcas. O consumidor tem acesso aos desfiles pela internet, em tempo real.
E quando o assunto é proximidade, as redes sociais estão no topo do ranking, permitindo um contato direto entre as marcas e os consumidores. “Com uma informação rápida de consumo, este vem sendo um espaço ainda mais disputado pelas empresas. Hoje todas as marcas facilmente têm acesso ao seu público”, diz o supervisor do curso de Mídias Sociais do Centro Europeu, Ediney Giordani.
Além disso, neste movimento instantâneo e global, os próprios consumidores postam seus modelos nas redes sociais com os links das marcas ou lojas, fazendo com que o movimento de comprar não seja mais somente vertical. Os desafios das empresas estão em chamar a atenção destes usuários. “As pessoas querem ver mais conteúdos atrativos, que inspirem e não forcem a tomada de decisão”, destaca Ediney.
O novo consumo de roupas também exige diferentes estratégias das marcas, que levam em conta, por exemplo, valores e preocupações ambientais dos consumidores. “Hoje as empresas buscam compartilhar informações relevantes, como o uso de químicos e água na fabricação de tecidos e na poluição do meio ambiente. Além disso, é importante entender como a marca é sustentável, mostrando exemplos de como diminuiu o material que traz risco”, lembra o supervisor do curso de mídias sociais do Centro Europeu.
Segundo o especialista, outro ponto importante é mostrar que a marca segue a cultura atual, em que a roupa se adequa ao corpo e não o contrário. “O certo e o errado na moda perderam um pouco o sentido com a atual conjuntura. Por isso, as redes sociais precisam estar alinhadas com esse novo jeito de ver a moda”, finaliza Ediney.
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